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domingo, 23 de junho de 2013

YEYE OKE

YEYE OKE

Yeye Oke seria filha do Rei Oke com Yemanjá. Para falar dessa Oxum não teria como deixar de falar de uma parte da criação do mundo:
A Criação da Montanha Oke
No princípio, logo após a criação do mundo, no planeta não havia a terra firme, todo o planeta era tomado por um grande pântano o qual dificultava a descida dos orixás. Olodumaré então chamou ORAINA ( divindade nascida da energia solar, Oroina seria a própria lava vulcânica ) e ordenou que ele descesse pra debaixo da terra e a levantasse através de suas lavas, fazendo assim nascer o primeiro vulcão. Se nos aprofundarmos nesta iton, que não é o caso aqui, pois estamos falando só de Yeye Oke veríamos mais quatro personagens ajudando nesta criação:
Aganju, Igbonan, Oloke ( divindade que vai reger todas montanhas ) e Yeye Olokun, lembrando aqui que a palavra ¨ yeye¨  não estaria afirmando que existiria uma Oxum Olokun, a palavra yeye significaria apenas ¨ mãezinha ¨.
Este vulcão, ao se resfriar, se tornou a primeira terra firme e ganho o nome de Oke, mais tarde ele vai se estender, vai ser criados vários outros formando assim a primeira terra que foi chamada de Ifé ( Ifé = terra firme ) que, por sua vez para se diferenciar de outras que viesse a ter o mesmo nome ganhou mais uma palavra ILE. Então podemos afirmar que Ile Ifé foi a primeira terra do planeta, origem de todas civilizações.
Assim que Oke, o vulcão, foi criado, os orixás desceram e começaram a desempenhar suas primeiras missões, foram criados também os primeiros seres humanos que nasceram  defeituosos.
Yeye Olokun, vó de Iya Olokun e bisavó de yemanjá, muito enciumada, começou a questionar sobre a divisão do seu espaço e irada provocou uma grande onda que cobriu toda aquele espaço de terra criado e isso provocou a morte dos primeiros seres humanos. Olodumare muito aborrecido com isto ordena, novamente, Oroina, que voltasse e construísse agora não uma, mas uma cadeia de montanha e isolasse, separasse, a terra do oceano e mandou aprisionar Yeye Olokun nas profundezas (....)
Como já falei anteriormente o objetivo deste artigo não é o de contar toda essa iton, mas vou ter que escrever mais algumas linhas.
Oke se torna domínio de oloke e vai nascer ai vários outros Oke, não menos importante do que aquele primeiro.  Oloroke (Oloke) apaixonou-se por Olokun e desta união nasceu “Ye ye Yagba Efon”, que criou a água doce formando assim o primeiro curso d’agua que mais tarde passa a ser chamado de Rio Osun numa clara homenagem a Efon que o criou. Osun = Osoun = aquela que é próvida de muita beleza.
Essa oxum vive sozinha, alguns pesquisadores ora afirmam que ela viveria abandonada por Odè na beira de uma lagoa e por isso, no seu lagbe teria muito mel em represália ao mesmo , ora, nas pesquisas das iton, ela aparece residente em um veio d água no alto das montanahas.
Vamos as lendas que justificam:
Yeye Oke e Odè
Oxum Okê morava com Odé e o ensinou a caça noturna, esse é um fato que diverge de itã para itã, algumas dizem que foi Ogun, outras que foi Okê, contudo não encontrei nenhuma lenda que cite Ogum como caçador noturno, ou seja, acredito que tenha sido Oxum Okê que tenha ensinado Odé a caçar a noite. Okê e Odé viviam muito bem, porém durante uma das reuniões dos orixás masculino, Olorun instituiu que existiriam alguns dias durante o ano que todo tipo de luta e caça seria proibida, mas Odé que tinha o espirito de provedor, não respeitou essa ordem, e assim foi castigado a ser banido, contudo o amor de Oxum Okê era tão grande que intercedeu junto a Orumilá, que a orientou a procurar Yámin. Chegando a arvore das feiticeiras, Oxum com elas firmou um acordo, que se Odé voltasse a ser rei de sua aldeia, ela moraria e serviria a Yámin e assim foi as Yás fizeram com que Odé voltasse a ser rei e Oxum Okê foi morar no alto da montanha ao lado das Yás. Assim Oxum Okê abdicou de seu amor para salvar Odé.
Já em outras afirmações podemos constatar que essa Oxum não seria caçadora e sim guerreira, ela pertenceria ao grupo: Oxum Akura Ibú. Neste grupo estariam contidas quatro oxuns: Apara, Oke, iponda e Iberin que teriam duas características em comum:
Seriam guerreiras, portariam espadas e
viveriam no encontro das águas salgada e doce.
Veja que neste último parágrafo há as controvérsias com o primeiro:
- Enquanto no primeiro essa oxum viveria na nascente e no alto das montanhas, no segundo ela viveria no fim do rio, no delta e
- No primeiro ela seria apenas caçadora, enquanto que no segundo ela aparece portando uma espada, como guerreira. Isso explicaria a divisão de visões que teriam as casas de candomblé onde ora numa casa Yeye Oke aparece como caçadora, ora como guerreira
Suas predileções:
Roupa e Aparamenta
    Oxum Okê usa amarelo e branco, podemos também usar o azul claro. Sua saia pode-se estampada e o forro azul claro. Carrega um Ofá Dourado nas costas, uma capanga de couro e uma abebé. No seu adè (coroa), podemos usar a cor ouro envelhecido, azul claro e verde musgo.
Comida
    Come o ipeté,o omolokun feito no dendê e enfeitado com 5 ovos cozidos e axoxó. Aqui podemos também estar acrescentando que nos axés onde a traz como caçadora esse omolokun e axoxó são ofertados numa mina d água no alto de uma montanha.
Lembrando aqui a origem do Iyepete:
¨ O Iypete reflete a entrega do alimento principal de Osun o qual fora ofertado por Iyemoja quando a mesma teve sua primeira filha através dos ensinamentos da Orisa Osun a qual fora consagrada sob o nome de “Osun” em homenagem a Senhora da fertilidade. ¨
Sua vestimenta:
Oxum Okê usa amarelo e branco, podemos também usar o azul claro. Sua saia pode-se estampada e o forro azul claro. Carrega um Ofá Dourado nas costas, uma capanga de couro e uma abebé. O seu adè, é na  cor ouro envelhecido, azul claro e verde musgo.
Arquétipo dos seus filhos:
Seus filhos são pessoas de personalidade forte e extremamente exigentes. São dedicados e pesquisadores natos. Assim como a mãe adoram a noite, contudo gostam do seu espaço e de sua privacidade. Quando importunados são agressivos e defendem seus objetivos com garra, contudo tem dificuldade em reconhecer o próprio erro. Fascinados pelo ocultismo e geralmente tem um “sexto sentido” aflorado.
Os seus filhos têm um gênio muito agitado e se empolgam por qualquer coisa ou por algum amor. Eles não têm aquele impulso normal dos filhos de oxum, o de primeiro observar e analisar.

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